Em São Jorge, mais precisamente no sítio da Achadinha, há uma moinho de água que tem registado a visita de muitos turistas e locais. Moinho de água que tem para mais de 300 anos. É, sem dúvida, um bom exemplo de preservação do património e das tradições da Madeira.
No sítio da Achadinha, em São Jorge, ainda funciona este moinho de água, que mostra como a população utilizava a força da água. Alimentado pelas águas da Levada do Rei, este moinho foi restaurado em 2000. Ainda hoje a população recorre ao moinho de água para moer o milho.
Moinho de Água São Jorge Madeira |
Desde então, «visitam-nos turistas de toda a parte do Mundo», diz Ana Rosa, uma das herdeiras daquele moinho e uma das pessoas que continua, diariamente, a deslocar-se até ao moinho para moer o trigo ou, simplesmente, posar para a fotografia que os turistas gostam de tirar.
Uma tradição secular que desperta a atenção de turistas e residentes que por ali passam. A diferença está na quantidade de milho e trigo moída. Nada se compara à de outros tempos. Ainda assim, pela pedra do moinho passam o trigo, o milho, a cevada e o centeio plantados nos terrenos, que se chama na Madeira poios agrícolas de São Jorge.
De vez em quando é preciso melhorar o desempenho das pedras do moinho. Ficam gastas com o tempo e uso contínuo. São tiradas e picadas e colocadas, de novo, no lugar. No entanto, quando ficam muito finas têm mesmo de ser substituídas.
O moinho a água, com paredes de pedra, guarda também algumas peças utilizadas nas casas em outros tempos. Objetos em barro, candeeiros a petróleo, artigos talhados em madeira. Memórias do passado agora em exposição e preservadas, ao longo das últimas 4 décadas, pelo moleiro Lino Mendonça e a senhora Ana Rosa.
O Moinho está de portas abertas todos os dias entre as 9 e as 20 horas. Gratuito.
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